sábado, 3 de dezembro de 2016

Que escola é essa?


desenhos de giz do 1º ano 2016

Cresci ouvindo minha mãe contar sobre a escola dela. Ela enchia-se para falar do capricho e dedicação da professora e do respeito que os alunos nutriam por esta. Na escola pública em que minha mãe fez o "grupo" eles declamavam poemas, cantavam a tabuada, dançavam, tocavam instrumentos, faziam coral. Naquela época, o lanche era preparado pelas famílias, embrulhados em guardanapos de pano. O que mais marcava as narrativas de minha mãe era seu largo choro quando saiu daquela escola. E eu sempre ficava com a pergunta: que escola era essa, tão maravilhosa? Existiu mesmo escola assim?

Pois hoje minha filha de 7 anos concluiu seu primeiro ano no ensino fundamental. Passamos o dia no Bazar de Natal da escola e, na hora de dormir, depois de rezar e ler o seu verso (este escrito pela sua professora especialmente para ela) a menina deitou e desabou a chorar. Chorou e chorou, pois não queria as férias. Queria a escola. Estava muito triste pois o primeiro ano foi muito bom. Teve poesia, histórias, música, movimento, arte... e estava doendo ficar longe daquilo tudo. Na hora lembrei de minha mãe, da sua angústia por sair da escola, e acolhi minha pequena com um abraço. Percebi que essa escola maravilhosa existiu e ainda existe. Hoje, para nossa família, é a Escola Miguel Arcanjo, onde meus filhos são muito felizes.



Luiza Paim (mãe e diretora de Comunicação da AMAR)



Leia o artigo Tarefa de férias, tarefa de vida.

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